O deputado federal
Márcio Macêdo (PT) discursou nesta quinta-feira (12) no plenário da Câmara, em
homenagem ao líder africano Nelson Mandela, que faleceu no último dia 5. No
pronunciamento, o parlamentar destacou a trajetória de luta de Mandela pela
garantia dos direitos humanos, sua ação pelo fim do regime de segregação racial
na África do Sul, o apartheid, e ressaltou a importância do seu legado e de
seus ideais para todo o mundo.
“Mandela estudou,
trabalhou, terminou os estudos primários, depois secundários, chegou à
universidade para cursar Direito. Assim, Mandela foi considerado e visto como o
único estudante negro da sua turma, mas fez amigos, por sua liderança. Teve
suas paixões. Participou de manifestações, foi perseguido. E assim, nesse
ambiente, nasceu o farol da liberdade, da verdade de um grande líder”, afirmou
Márcio Macêdo.
“Em Alexandra
(1943), cerca de dez mil pessoas marcharam contra o aumento — vejam bem — das
passagens de ônibus. Coincidência, aqui, no Brasil, este ano, as manifestações
começaram, contra o aumento das passagens de ônibus. Nelson Mandela esteve à
frente. E veio outra marcha, e mais outra, e mais outra, e mais outra. Não
somente pelas passagens, mas por terra, por estudo, por saúde. A vitória chega
com o povo nas ruas. E Mandela entendeu naquele momento que somente a força das
vozes nas ruas poderia mudar o seu país”, destacou o parlamentar.
Em seu discurso,
Márcio relatou o período em que Mandela ficou preso e como se deu sua chegada à
presidência da África do Sul. “Mandela ficou 27 anos no cárcere. Nesse período,
estudou muito, escreveu cartas. Depois da sua libertação, em 11 de fevereiro de
1990, e o fim do “apartheid”, em 1991, Mandela e o presidente De Klerk
trabalharam juntos pela reconciliação nacional. Em 1993, os dois receberam o
Prêmio Nobel da Paz. Mandela foi então eleito o primeiro negro presidente da
África do Sul, após a convocação das primeiras eleições democráticas
multirraciais no país. Sua vitória pôs fim a três séculos e meio de dominação
da minoria branca na nação africana. A eleição de Mandela foi um marco
divisório na história do país, que saiu do regime draconiano para a democracia
plena, elegendo o primeiro governante negro; seu governo seria para reconciliar
oprimidos e opressores, uns com os outros e consigo mesmos”, destacou o
deputado.
Márcio encerrou seu
discurso lendo o poema “Invictos”, do poeta britânico William Ernest Henley,
poema preferido de Mandela. “Nelson Mandela vive. Nelson Mandela nunca
morrerá, porque seus ideais estarão sempre vivos entre nós”, afirmou.
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