Em referência ao Dia Mundial da Alimentação, o deputado federal Márcio Macêdo (PT) discursou hoje sobre a importância da conscientização sobre as questões da nutrição e alimentação, reforçando a necessidade dos países adotarem políticas, programas e ações voltadas para eliminar a fome no mundo e assegurar a segurança alimentar dos povos. Este ano, o Dia Mundial da Alimentação tem como tema “Os sistemas alimentares sustentáveis para a segurança alimentar e a nutrição".
“O
tema é importante para alertar e conscientizar as pessoas sobre o problema da
alimentação no mundo inteiro. Atualmente, apesar dos progressos realizados, 842
milhões de pessoas no mundo sofrem de desnutrição crônica. Enquanto isso,
modelos insustentáveis de desenvolvimento estão degradando o meio ambiente,
ameaçando os ecossistemas e a biodiversidade dos quais dependemos para o nosso
abastecimento alimentar no futuro”, afirmou o parlamentar.
Márcio
destacou que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura (FAO), o desperdício ainda é uma das principais razões da fome
no mundo. Segundo a entidade, um terço dos alimentos produzidos no mundo por
ano é desperdiçado, o equivalente a 1,3 bilhão de toneladas e mais de 750
bilhões de dólares, conforme foi pontuado pelo deputado em seu pronunciamento.
As
principais razões do desperdício são, nos países industrializados, o excesso de
normas e regras, devido a preocupações sanitárias ou estéticas e, nos países em
desenvolvimento, as reduzidas capacidades de armazenamento e de acesso ao
mercado. Dados da FAO apresentados por Márcio Macêdo revelam que o custo da
subnutrição e das carências em micronutrientes representa de 2% a 3% do Produto
Interno Bruto (PIB) mundial, ou seja, entre 1,4 bilhão de dólares e 2,1 bilhões
de dólares.
O
deputado citou ainda a cerimônia realizada na sede da FAO, em Roma, nesta
quarta, na qual o diretor geral da organização, o brasileiro José Graziano da
Silva, disse que não se pode melhorar a nutrição sem segurança alimentar, e não
se pode ter segurança alimentar se não tiver sistemas alimentares corretos, e
afirmou que apesar dos sistemas alimentares produzirem alimentos suficientes
para todos, mais da metade da população mundial ainda é afetada pela falta ou
excesso no consumo de alimentos.
Segundo
a FAO, os esforços combinados de Estados e agências da ONU permitiram reduzir
significativamente o número de pessoas com fome no mundo nos últimos anos. Por
conta destas boas práticas, a Organização premiou 38 países, entre eles o
Brasil, por terem reduzido a fome antes do prazo de 2015, prazo estabelecido
pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que em sua primeira meta
previa a diminuição, pela metade, da proporção de pessoas com fome.
“O
Dia Mundial da Alimentação é uma oportunidade para adotar ferramentas críticas
e soluções que irão nos levar para um mundo livre da fome e mais bem alimentado
e a uma compreensão de que a fome e a má nutrição são um resultado trágico de
sistemas alimentares não saudáveis, sistemas alimentares nos quais todos nós
temos um papel. São necessários melhores sistemas alimentares para combater a
fome e a má nutrição. Essa é a mensagem do Dia Mundial da Alimentação, este
ano, o evento de comemoração acontece à sombra de novos dados que apontam um
total de 842 milhões de pessoas cronicamente famintas”, disse.
“É
importante o foco para a produção e distribuição de alimentos, voltado para a
agricultura. Por isso, temos que incentivar a agricultura familiar, ajudar
pequenos e médios agricultores, para que tenham condições de se desenvolverem,
gerando renda, pois são muitos eficazes no combate à fome, porque produzem alimentos,
geram empregos. Aproveito o momento para lembrar as discussões em torno do
Código Florestal, quando tivemos oportunidade de reafirmar nosso entendimento
sobre a urgência e centralidade da questão ambiental para o desenvolvimento
sustentável de nosso país”, frisou.
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