Diretor da Petrobras diz que todo mundo está dando palpite no PED
O
ex-senador José Eduardo Dutra, atual diretor da Petrobras, confirmou seu apoio
à candidatura do deputado federal Márcio Macêdo, candidato das correntes
Articulação na Luta/Construindo um Novo Brasil à presidência do Partido dos
Trabalhadores (PT) em Sergipe. Dutra veio ao estado participar da plenária
organizada por Márcio, no último sábado, e criticou a interferência de gente de
fora da agremiação no Processo de Eleições Diretas (PED).
“O
nosso desafio é eleger um companheiro que como ele mesmo disse, na sua
militância, na sua trajetória política e nas suas conquistas, como líder
estudantil, presidente do Diretório de Aracaju, presidente do Diretório
Estadual, deputado federal respeitado, deve ao partido e a cada um dos
militantes presentes aqui. Márcio Macêdo é um companheiro que tem plena
capacidade de ser aquele que colocará em prática o petismo que está no coração
e na mente de cada militante”, ressaltou.
Ao
analisar a situação do PT em Sergipe, ele criticou quem tem feito a discussão
do PED para além da político-ideológica. “Já tivemos dentro desse partido
momentos de confronto, de disputa ideológica profunda, que é salutar, pois as
posições políticas são colocadas, mas se vai para a disputa, sabendo que todos
são petistas e têm o projeto do PT, que só militam no PT, que querem discutir,
mas que não admitem que quem venha de fora queira meter o bedelho no PT. Esta é
a lógica do PT, mas, de repente, vejo inversão de valores em Sergipe. Todo
mundo está dando palpite no PED. A discussão dentro do PT tem que ser feita
pelos petistas. Não aceitamos a interferência externa nem em opiniões nem em
ações heterodoxas”, afirmou.
Através
de Dutra e do secretário de Estado Pedro Lopes, o governador Marcelo Déda e sua
esposa, Eliane Aquino, enviaram mensagem de apoio a Márcio Macêdo. “Déda disse
que, com certeza, estaria aqui nesta plenária onde sempre esteve como fundador
do PT e militante histórico deste partido e corrente, mas está em pensamento
com todos vocês. E pediu que vocês transmitam orações e energias para que ele
consiga superar esta batalha”, falou o ex-senador.
Apoios
Márcio
se mostrou animado com a presença de representantes de 44 diretórios municipais
do partido, além dos prefeitos Esmeralda Cruz e Chico dos Correios, que
reforçaram seu apoio ao deputado. Ele considerou que a reunião teve um caráter
muito importante, por servir para passar informações mais técnicas do PED,
afinar as conversas políticas e preparar a militância para a reta final da
campanha.
Ele
reforçou na plenária as principais bandeiras da sua candidatura, ressaltando
sua disposição e empenho em cumprir a tarefa política de presidir o PT neste
momento histórico, ação confiada a ele pela maioria dos militantes e lideranças
do partido, que enxergaram na sua atuação o perfil ideal para dirigir o PT no
encerramento do atual ciclo de gestão no governo do Estado e para reabrir uma
nova etapa de fortalecimento do partido.
“São
33 anos de construção partidária, de preparação de quadros, de relação com
movimentos sociais, de eleição de vereadores, prefeitos, deputados, senador, de
prefeito de Aracaju duas vezes em primeiro turno e governador do Estado duas
vezes também em primeiro turno. A obra política e de gestão do PT no Estado,
sobretudo nos últimos oito anos que irão se encerrar em 2014, constitui um
patrimônio que mudou a face de Sergipe. O governo liderado por Marcelo Déda,
com o apoio do grupo de partidos aliados, é o maior governo da história
Sergipe. E é este patrimônio do PT que está em jogo neste PED. Não sou
candidato a presidente do PT por vaidade ou ambição. Sou candidato a presidente
do PT para defender este legado e preparar o partido para o futuro. O projeto
que represento é coletivo, é de toda a militância”, afirmou.
O atual
presidente do PT em Sergipe, Silvio Santos, ressaltou sua satisfação em fazer
parte do agrupamento que apóia a candidatura de Márcio Macêdo. “Não é apenas um
grupo de amigos. É uma forma de conceber o partido que construímos ao longo dos
anos. Todos deram contribuição grande no fortalecimento do nosso partido, mas
foi este agrupamento quem sempre deu a linha mais conseqüente e que fez o PT
chegar aonde chegou. O grau de responsabilidade, a linha política mais adequada
para cada conjuntura sempre partiu deste grupo. E temos novamente este desafio.
Por isso, o novo presidente do PT deve pensar o partido como projeto coletivo,
envolvendo os militantes para que todos se sintam representados. Márcio Macêdo
representa essa possibilidade. É um projeto coletivo. Não individual”, afirmou.
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