Os
acidentes de trânsito deste final de semana superlotaram a urgência e
emergência do Hospital de Urgência de Sergipe. Noventa e sete pessoas vítima de
acidentes foram encaminhadas ao Huse de sexta-feira a domingo, a maioria
envolvendo motos. A gerente da área verde trauma do Huse, a enfermeira
Mariângela Ferreira de Souza Costa, disse que em 95% dos acidentes de trânsito
que acabam no Huse, os condutores tinham ingerido bebida alcoólica.
O
estudante Luiz Eduardo Virgínio é uma das 72 vítimas de acidente de moto desse
fim de semana e foi levado para atendimento no Huse. "Estava
num churrasco com um amigo. Tinha bebido um pouquinho e tentei ultrapassar o
sinal, que estava no amarelo, mas o ônibus me pegou'", disse o jovem que
pilotava a moto que acabou batendo contra um ônibus na madrugada de sábado, 5.
Ele sofreu um corte no rosto, quebrou o dedo, punho, fêmur e teve uma fratura
exposta no tornozelo.
"Quando
tem festas e shows no fim de semana, já sabemos que vai ter problema",
disse Mariângela ao se referir à superlotação do Pronto-Socorro. A média de
pacientes internados na ala verde trauma varia entre 45 a 55
pacientes. Já no dia seguinte de shows ou grandes festas, essa média
dobra.
A
gerente observou que são traumas que poderiam ser evitados caso o motorista
tivesse a consciência do risco de dirigir após ingerir bebida alcoólica.
"Parece que as pessoas já vão para festa com o intuito de beber",
comentou.
A
estudante Érica Góes Santos, 18, estava no Corolla que bateu contra uma viatura
da PM, no final da tarde de sexta-feira, 4, em Nossa Senhora da Glória.
"Não me lembro de nada. Só que vinha da Vila dos Padres e o carro bateu.
Quando acordei estava na ambulância", disse a jovem que teve fratura
fêmur. Das 97 vítimas de acidentes de trânsito atendidas no Huse no fim de
semana, 10 foram de acidentes de carro, oito de atropelamento, sete de motoneta
e 72 de moto.
Acidentes
impactam no Huse
O
grande número de acidentes automobilísticos acaba refletindo no Huse, hospital
de referência do Estado para casos de maior complexidade e que absorve a grande
maioria dos acidentados. Segundo Mariângela Costa, essa implicação
pode ser traduzida em números da ala azul que acolhe pacientes que foram
medicados e estão em observação para dali irem para casa. Nesse final de
semana, a ala azul recebeu 36 pacientes, a maioria, aguardando vaga para
internamento numa ala que não se destina a esse fim.
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