O deputado federal Rogério Carvalho( PT/SE) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados para defender o programa Mais Médicos do governo federal, cuja relatoria da Medida Provisória que tramita em comissão mista na Câmara e no Senado está sob sua responsabilidade. O parlamentar participou e, por algum tempo, presidiu os trabalhos na Comissão Geral que debateu o Programa na Câmara. Participaram da sessão, além dos parlamentares, especialistas e representantes da categoria médica e do governo federal.
Rogério
destacou ainda a importância do debate: “ Nós estamos aqui com preconceito, com
racismo, com descompromisso com a sociedade brasileira quando não topamos
debater se é essencial ou não levar médicos para comunidades que não têm tido
acesso aos serviços de saúde, porque sequer se consegue fixar nelas um médico.
E o Governo está propondo um caminho, um caminho emergencial, mas um caminho
legítimo, porque leva médicos para essas comunidades”.
O parlamentar também
comentou sobre a qualidade do médico na sociedade: “ Na década de 1960, com a
reforma universitária, foram criados cursos de graduação que especializavam
médicos, e isso repercute até hoje. Acabou o médico geral neste País, e nós
temos que ter a coragem de dizer: “Não existe mais médico geral com
competência para fazer cuidado continuado, para tratar as pessoas como gente”.
Acabou esse tipo de médico. E nós estamos aqui com a possibilidade de discutir
o segundo ciclo... Para concluir: nós poderíamos neste momento estar discutindo
o que fazer no segundo ciclo e como formar os médicos que os 150 milhões de
brasileiros esperam que este País forme,para atender as necessidades do nosso
povo”.
“Eu me sinto muito
honrado por cumprir a tarefa de ser Relator de uma matéria tão importante.
Também sinto-me bastante à vontade por estar aqui, no dia de hoje, junto a
pessoas com quem militei em vários espaços do movimento médico,como Presidente
do Sindicato dos Médicos, como Presidente da Associação Nacional dos Médicos
Residentes, como Membro da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Médico”
iniciou Rogério.
Depois,
ele saudou os presentes: “Todas essas pessoas que hoje estão aqui me fazem
recordar o tempo em que nós lutávamos para que os Governos, àquela época,
tomassem conta de um tema tão relevante, tão importante, como o dos recursos
humanos na área da saúde e, principalmente, da questão central, que sempre
acompanhou o problema do SUS, que era a qualidade e o tipo de médico que nós
colocávamos no sistema de saúde e no mercado de trabalho brasileiro”, disse.
E por fim, concluiu:
“Esse, sim, é o debate que nós temos que fazer, e esse é o espírito que A Relatoria
deseja. Nós estamos abertos para construir uma solução para um problema que não
abrange todos os problemas do Brasil, mas cuja solução é fundamental para
melhorarmos a saúde pública do nosso País, a saúde do povo brasileiro. Não
devemos tratar com preconceito profissionais de outros países que querem atuar
e dar sua contribuição à saúde do nosso País”.
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