A região do semiárido de Sergipe inicia um novo ciclo de
desenvolvimento econômico e produtivo com a autorização para a
construção do Canal de Xingó, assinado na manhã desta sexta-feira, 9.
Localizado entre os estados de Sergipe e Bahia, o canal terá extensão de
305 quilômetros e levará água para os municípios Canindé de São
Francisco, Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo, Porto da
Folha, Paulo Afonso e Santa Brígida que historicamente sofrem com a
seca. A obra foi autorizada pelo ministro da Integração Nacional,
Fernando Bezerra, durante Seminário de Políticas Públicas para o Turismo
no Nordeste e contou com a presença do governador em exercício Jackson
Barreto, do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales São
Francisco e do Paranaíba (Codevasf), Elmo Vaz, e do ministro do Turismo,
Gastão Vieira.
“O canal de Xingó é a mais importante obra
hídrica da história de Sergipe, porque não só vai ampliar a oferta de
água, ensejando a tão sonhada segurança hídrica para as cidades do
semiárido sergipano, mas quando a conclusão de toda sua extensão vai
permitir o abastecimento de água em Aracaju. Este empreendimento vai
gerar emprego, renda e vai criar condições de atrair empreendimentos do
setor industrial, de serviços, comercial para o estado de Sergipe. Uma
obra na qual os estudos de viabilidade estão sendo realizados já para
fim de contratação, através de RDC, e com boas chances de ser
viabilizado no mandato atual da presidenta Dilma. A primeira etapa do
canal de Xingó é um trecho de 130 quilômetros e está orçada em pouco
mais de R$ 2 bilhões”, declarou Fernando Bezerra.
O projeto
orçado em R$ 2,2 bilhões será executado pelo Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC2), está dividido em três partes e consiste na captação e
distribuição de água do rio São Francisco para os municípios de Sergipe
e Bahia. A primeira parte terá 130 quilômetros de extensão e ligará
Santa Brígida, na Bahia, a Poço Redondo, beneficiando cerca de 70 mil
pessoas. Com vazão máxima de 33 metros cúbicos por segundo, o Canal de
Xingó terá sua nascente em Paulo Afonso, na Bahia. De lá, por gravidade,
a água percorrerá os primeiros 103 quilômetros do empreendimento, de
Paulo Afonso até Poço Redondo, em Sergipe, na área do perímetro de
irrigação Jacaré-Curituba.
Os benefícios do Canal de Xingó se
direcionam ao desenvolvimento da agricultura irrigada, fortalecimento do
sistema de pecuária leiteira, agroindústria, apicultura e piscicultura.
Em soma, ainda alavancará o potencial turístico em toda a área que
cobre a região dos cânions de Xingó.
Em seu discurso, Jackson Barreto relembrou o empenho do governador Marcelo Déda para a construção do sistema adutor.
“Esse
é um dia histórico para Sergipe. Os projetos aqui anunciados fazem
parte da gestão Marcelo Déda, que tanto lutou por essas conquistas e que
vem mudando a realidade social e econômica de nosso estado. O canal de
Xingó nascerá na região de Santa Brígida, na Bahia, chegando até Poço
Redondo, são R$ 2,2 bilhões de investimento transformando em realidade o
sonho do povo sergipano do semiárido. Com o Canal de Xingó, não teremos
mais caminhões-pipa. Esta obra representa a libertação do povo do
semiárido, as águas da integração”.
Com o projeto, o Governo de
Sergipe pretende também maximizar a oferta de recursos hídricos no Alto
Sertão sergipano e, com isto, erradicar a pobreza no semiárido, região
que concentra os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) do
Estado.
“A Codevasf tem uma atuação significativa em Sergipe.
Hoje estamos oficializando o edital da primeira etapa do canal de Xingó,
através de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que vai agilizar a
execução do projeto e esperamos concluí-lo em sete meses e lançar o
edital de obras em 2014. Estamos também revitalizando os projetos de
irrigação do baixo São Francisco, com recursos na ordem de R$102
milhões, cujas licitações já estão em andamento”, diz o presidente da
Codevasf, Elmo Vaz.
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