Por MAX AUGUSTO
Em mais uma
sessão longa e exaustiva, os vereadores da Câmara Municipal de Aracaju (CMA)
permaneceram reunidos até tarde da noite e aprovaram 13 projetos enviados pelo
prefeito de Aracaju, que criam cerca de 200 cargos comissionados na
administração municipal. Somados a outros 200 cargos que foram criados através
de outros projetos, enviados à Câmara no início do ano, a Prefeitura criou
aproximadamente 400 CC’s.
Os projetos
criaram postos em diversas secretarias: Comunicação; Defesa Social e Cidadania;
Assistência Social; Administração; Juventude e Esportes; Controladoria Geral do
Município; Funcaju e Fundat. As propostas incluíram ainda a criação do Fundo
Municipal do Meio Ambiente e o reajuste salarial de 7,97% aos professores do
município.
As propostas
tramitaram às pressas nas comissões, que se reuniram no próprio plenário da
Câmara. Logo depois entraram em pauta e foram aprovados, mesmo com os protestos
da bancada de oposição, que criticou de diversas formas a criação dos novos
cargos. A vereadora Lucimara Passos (PCdoB) foi a primeira a questionar o grande
número de cargos que foram criados, destacando que desde o início do ano a
administração municipal criou quase 400 cargos. Já Emerson Ferreira questionou
os critérios de preenchimento dos cargos e os objetivos que levaram a criação
dos mesmos
O vereador
Emmanuel Nascimento (PT) disse que a princípio não é contra a criação de
cargos, porque o novo governo que assume pode necessitar de pessoas para
executar seus projetos - mas ressaltou a grande quantidade de novos postos e o
pouco tempo para avaliar os treze projetos. Emmanuel também lembrou que a atual
gestão estava se queixando de problemas com dívidas que teriam sido herdadas da
administração anterior, que teriam gerado uma situação financeira ruim. “Ainda
assim, com essa situação financeira que é ruim, segundo a nova gestão, estão criando
mais cargos. Não posso entendo isso”, disse o vereador.
Protestos
O clima
voltou a esquentar ontem na Câmara de Vereadores de Aracaju. Por volta das 17
horas o presidente da casa, Vinícius Porto (DEM), suspendeu a sessão quando um
grupo de manifestantes que estava nas galerias da casa começou a gritar
palavras de ordem. Integrantes do movimento 'Não pago' e da 'Ocupação Novo
Amanhecer' exigiram o apoio dos parlamentares e chegaram a xingar os vereadores
que estavam em plenário. A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada, mas
não houve confronto.
Os
manifestantes também fecharam o trecho da rua Itabaiana, em frente à Câmara.
Moradores da ocupação Novo Amanhecer, no bairro 17 de março, pediram o apoio
dos vereadores para que a Prefeitura Municipal lhes garantisse uma casa ou o
pagamento de auxílio moradia. Já o movimento não pagou voltou a protestar
contra o reajuste da tarifa do transporte público na capital – veja mais no
caderno B, página 1.
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