“Ninguém acha estranho ter uma polícia cujo símbolo é uma caveira, ter
uma polícia cujo símbolo é a morte?”, questiona o deputado estadual e
militante dos direitos humanos Diogo Fraga, interpretado por Irandhyr
Santos, no filme “Tropa de Elite 2“, ao criticar veementemente uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio durante rebelião numa penitenciária. A crítica do político fictício é reproduzida, agora, na vida real. O deputado Luiz Couto
(PT-PB) vai propor à ministra Maria do Rosário, da Secretaria de
Direitos Humanos, que recomende aos comandos das polícias militares em
todo o país a proibição da caveira como símbolo dos batalhões.
A audiência com a ministra Maria do Rosário, marcada para esta
semana, terá a participação de integrantes do Conselho de Direitos
Humanos da Paraíba, que convenceram o governador do estado, Ricardo
Coutinho (PSB), a retirar o símbolo (um crânio atravessado por punhais)
das fardas e veículos do Bope paraibano no mês passado. O argumento foi
uma portaria assinada pela própria ministra que recomenda a proibição do
uso, em fardas ou veículos oficiais, de símbolos e expressões com
“conteúdo intimidatório ou ameaçador, assim como de frases e jargões em
músicas ou jingles de treinamento que façam apologia ao crime e à
violência”.
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