O
empresário Edvan Amorim, presidente estadual do Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB), ingressou com uma ação visando proibir quatro estudantes de darem
continuidade ao movimento que intitularam de “Eu não voto em Amorim”, realizado
pelo Twitter. A Justiça permitiu que os jovens continuassem a manifestação, mas
o PTB recorreu e agora pede que os manifestantes sejam proibidos de citar o
nome do senador Eduardo Amorim (PSC) nas redes sociais.
Na
primeira vez o PTB de Edvan Amorim alegou que o movimento “Eu não voto em
Amorim” estaria realizando um tipo de propaganda extemporânea negativa e
ingressou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE).
Na decisão o tribunal proibiu que os jovens utilizassem a hashtag
#Eunãovotoemamorim, mas ressaltou o direito à liberdade de expressão e garantiu
que eles pudessem manifestar suas opiniões sobre o senador Amorim – já que
trata-se e uma figura pública.
“A
Justiça agora vai avaliar o agravo, mas acreditamos que nossos tribunais não
vão se opor de forma alguma à liberdade de expressão. Nosso movimento era algo
pequeno, restrito ao Twitter, nós estávamos apenas manifestando nossa opinião,
mas após a ação e toda essa repercussão, ele está crescendo”, disse Júnior
Torres, um dos organizadores.
Proinveste
Segundo
Júnior Torres, o movimento e a hashtag #Eunãovotoemamorim tiveram início assim
que a primeira versão do Proinveste foi rejeitada pela Assembleia Legislativa –
numa ação capitaneada pelos deputados da oposição. “Decidimos deixar claro
nossa posição e não votar no senador Eduardo Amorim porque achamos que ele fez
mal a Sergipe, ao rejeitar o projeto do Proinveste. Ele não se preocupa com o
bem do estado, por isso criamos o movimento”, explicou Torres.
Política
A
participação dos jovens na pequena mobilização gerou muita polêmica. Pelas
redes sociais, Júnior Torres foi acusado por partidários e assessores dos
irmãos Amorim de estar a serviço do deputado federal Mendonça Prado (DEM) –
desafeto de Amorim. Júnior é filiado ao DEM e foi candidato a vereador na
eleição passada, mas nega que esteja agindo sob o comando de alguém.
“Estou
apenas expressando minha opinião, é um direito o cidadão. Não há campanha
antecipada, nunca pedimos para ninguém votar ou deixar e votar em qualquer
candidato”, concluiu. O número da Reclamação no TRE é 6369 e o processo é 63-69.2013.6.25.0000-42.
Júnior Torres, Kacalo Celentano e Leonardo Moura são os outros que também são
citados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário