Em
conversa com a reportagem do JORNAL DA CIDADE / BLOG DO MAX o prefeito de Canindé do São
Francisco, pastor Heleno Silva (PRB) considerou que o deputado federal pastor
Marco Feliciano (PSC), presidente da Comissão e Direitos Humanos na Câmara, foi
infeliz em suas polêmicas declarações - que ganharam repercussão nacional e
geraram várias mobilizações pela sua saída do cargo.
“Marco
Feliciano deu algumas declarações polêmicas e criou uma polêmica no país, com as
suas palavras. Acho que ele foi infeliz em algumas declarações, sou contra
exageros”, afirmou Heleno, avaliando ainda que estão potencializando demais o
que foi dito pelo pastor.
Ex-deputado
federal por dois mandatos, Heleno avaliou também que o pastor Marco Feliciano
falou o que não devia, mas sua declaração dada dentro de um contexto foi muitas
vezes retirada do mesmo. “Acho que o partido vai tirá-lo da comissão, isso está
gerando um desgaste para ele e para o partido. Quando estava em Canindé disse a
ele que com todo esse movimento, era preciso encontrar uma saída digna, porque
ele e o partido não iriam suportar tanta pressão”, falou Heleno. No dia
seguinte à esta entrevista o PSC confirmou o nome de Feliciano na Comissão de
Direitos Humanos.
Na
semana passada o deputado-pastor Feliciano esteve em Canindé, participando de
um evento evangélico realizado pela prefeitura. Alvo de um tímido protesto, de
algumas pessoas que seguravam cartazes defendendo os Direitos Humanos,
Feliciano gerou polêmica ao chamar a polícia e pedir a retirada dos
manifestantes do local, afirmando que eles não poderiam atrapalhar a
manifestação religiosa – a afirmação faria sentido o evento estivesse realizado
num templo ou igreja, mas Feliciano esqueceu que ele estava num evento público,
pago com dinheiro da Prefeitura e realizado num local público, o Forródromo
municipal.
Heleno
explicou ao JC que uma lei municipal determina a realização da festa evangélica
no mês de março, e sobre a escolha dos convidados, ele diz que ficou a cargo da
comunidade, que há cerca de 60 dias escolheu Marco Feliciano para fazer a
pregação, que aconteceria entre shows de bandas evangélicas. “Sentei com os
pastores e perguntei se eles iriam manter o nome de Marco Feliciano, e eles
mantiveram. Foi uma escolha do povo, das igrejas”, falou Heleno.
Assinaturas
Na
última quarta-feira o líder do PSC na Câmara Federal, deputado André Moura,
recebeu uma petição eletrônica com 445 mil assinaturas favoráveis à renúncia do
deputado Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos
Humanos. O vice-presidente do partido, pastor Everaldo Pereira, também
participou da entrega simbólica do documento.
Os
líderes do movimento avaliaram que o Congresso cometeu um erro ao iniciar o
deputado para chefiar a comissão, mas os líderes do PSC avisaram que o partido tentou
convencê-lo a renunciar, sem sucesso. Ficou definido então que a sigla concederá
um prazo de trinta dias para avaliar a atuação do parlamentar à frente da
comissão.
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