*Por Antonio Carlos Valadares
Senador
da República
Tenho
procurado manifestar a minha preocupação nos últimos meses com os rumos da
política no meu Estado.
Para
alguns Sergipe está imune à crise que atinge em cheio as finanças dos Estados e
Municípios brasileiros. A renúncia fiscal da União feita para debelar a crise
econômica mundial, e que alcança todo o Brasil, dispensando o IPI, que compõe a
receita do FPE e do FPM, deixou os nossos entes federados praticamente de
cofres vazios.
Como
consequência da crise, que é real e não é fictícia, dificuldades de toda ordem
acontecem, enfraquecendo a ação do poder público para poder cumprir os seus
deveres institucionais.
Daí o
frágil atendimento nos serviços básicos, o atraso no pagamento a fornecedores,
impossibilidade de recomposição salarial, desemprego e retração econômica. São
alguns dos ingredientes amargos que a população é obrigada a deglutir, gerando
revolta e descrédito quanto à atuação daqueles que governam.
Infelizmente
há os que torcem e agem em favor de uma política de terra-arrasada.
A
conclusão de todos os analistas financeiros e econômicos é que a crise é séria.
Será preciso comunhão de esforços e vontade política para superá-la. Para a sua
solução o radicalismo é contraproducente.
Querer
alguém tirar proveito político de uma situação como essa é torcer pelo caos. Em
tal cenário ninguém está ganhando, ou levando vantagem, mas com certeza o maior
perdedor é o povo.
Morrerei
batendo na mesma tecla: como, diante de uma realidade tão grave, o Estado de
Sergipe seja o único a dispensar uma injeção de recursos da ordem de R$ 700
milhões em nossa economia?
Só o
Senador Eduardo Amorim (PSC) que se mantém numa posição frontal à aprovação do
Proinveste, tem justificativas estranhas e inaceitáveis para um parlamentar que
foi eleito para defender Sergipe.
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