De acordo com o futuro secretário de Finanças da Prefeitura
de Aracaju, Nilson Lima (PPS), há hoje um endividamento generalizado no
município. Na última sexta-feira o prefeito eleito João Alves Filho (DEM)
confirmou sua indicação para o cargo, e logo após, em entrevista ao JORNAL DA
CIDADE / BLOG DO MAX, Nilson disse que está trabalhando com o cenário de receber o caixa da
Prefeitura ‘zerado’ e que nos primeiros dias deverá realizar audiências com os
credores.
“A atual administração deverá deixar várias pendências para
o próximo gestor e vamos ter o caixa limpo em recursos do tesouro. Só vamos
encontrar o recursos referentes a operações e crédito e Brás que não foram
concluídas, não tenho a ilusão de que vamos encontrar recursos disponíveis na
virada do exercício”, falou Nilson, o auditor fiscal e ex-petista que comandou
a Secretaria de Finanças durante o primeiro governo de Marcelo Déda.
O diagnóstico das dívidas foi feito a partir do processo de
transição, ainda que, de acordo com o próprio Nilson Lima, não houve
oportunidade de entrar no aspecto micro, avaliando contratos específicos. Ele
também adiantou que já tem conhecimento de algumas dívidas da Prefeitura, que
não terá condições de resgatá-las de imediato, logo no início da administração
e que pretende realizar uma auditoria inicial em todos os contratos.
“Vamos trabalhar para que haja o menor dano possível à
sociedade, vamos verificar se a dívida esta em sintonia com a LRF, se tem base
contratual fundamentada, se foi regularmente empenhada, se está empenhada, e
nesse último caso, se houve a entrega do serviço ou material, e até mesmo se
houve a licitação”, explicou o futuro secretário.
LRF
Na coversa com o JORNAL DA CIDADE o futuro secretário
ratificou por diversas vezes a sua expectativa de encontrar na Prefeitura
apenas os recursos onde a entidade é mera depositária, como os relativos à
previdência. Ele lembrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige que
todos os gastos realizados nos últimos oito meses do mandato, para serem
inscritos nos chamados “restos a pagar”, haja disponibilidade financeira.
Por isso, sobre as declarações de Edvaldo Nogueira, de que
deixaria os recursos para as obras que estão em andamento, Nilson disse: “Não tenho
dúvida de que os recursos de convênios e operações de crédito estarão lá, a
Prefeitura não pode fazer o saque, eles devem que estar lá. Só contaremos com
esses dois tipos de recursos, que a prefeitura não poderia gastar de outra
forma que não fosse naquele projeto, porque há uma vinculação”, explicou.
Eficácia
O futuro secretário destacou ainda a necessidade de realizar
os gastos da forma mais eficaz possível, pois sabe dos inúmeros compromissos
que o prefeito eleito assumiu durante a campanha. Nilson disse que conhece a
forma de administrar de João Alves e sabe que ele não vai querer ver em seu
governo obras paradas por falta de recursos. “Vamos buscar a qualidade na
gestão para economizar recursos e investir nas áreas que administração planejou
Não podemos permitir que a população sofra em função do desequilíbrio que a
gestão que está se encerrado deixou que acontecesse”, disse Nilson Lima.
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